Cultura,Música

Shows: precisamos conversar sobre o aumento abusivo dos preços

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Rock in Rio: 35% de aumento em relação à edição anterior

Todo mundo quer ver a sua banda ou o seu cantor favorito se apresentando ao vivo. Já é difícil para o artista que você acompanha vir para o seu país, sua cidade, e quando ele vem, você não pode deixar passar e perder a oportunidade. Contudo, para assistir um show ao vivo de quem você gosta está cada vez mais difícil. O problema que vem pesando e acabando com o sonho de muitas pessoas são os valores dos ingressos, que tem tido um aumento muito abusivo. De fan para fan, precisamos conversar sobre isso.

Na última quinta-feira a produção do Rock in Rio, um dos maiores festivais do país, divulgou os valores dos ingressos da sétima edição aqui no Brasil, que acontece entre os dias 15 e 24 de setembro de 2017, no Rio de Janeiro. Os valores divulgados tiveram um aumento de 35% comparados aos da edição anterior. O Rock in Rio Card que custou em 2015, R$ 320 (inteira) e R$ 160 (meia-entrada), agora custa, R$ 435 (inteira) e 217,50 (meia-entrada), sentiu só o aumento? Pois bem, em relação ao festival, foram divulgadas notícias que podem ser agradáveis também, nesta edição não haverá taxa de conveniência, com exceção da entrega a domicilio, e tem mais, os ingressos que antes poderiam ser parcelados só em até 3x sem juros no cartão de crédito, agora, poderá ser parcelado em até 6x sem juros e na compra efetuada com o cartão itaucard, você pode parcelar até em 8x sem juros. Apesar desses “benefícios”, o festival que era conhecido por ter seus ingressos a custo benefício, hoje se junta ao Lollapalooza, como um dos festivais que tem os ingressos mais caros do país.

Em agosto, o preço dos ingressos para a nova edição do festival Lollapalooza 2017 também chocou o público, valores de R$ 500 a R$ 1000, com pacotes ainda mais caros. Esse aumento não aconteceu só nos ingressos para festivais e também de shows em turnês solos. A banda britânica Coldplay, que desembarcou no começo do ano para realizar uma série de shows no pais, é um exemplo desse aumento, comparada a sua vinda em 2010, os preços elevaram cerca de 44%.

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A banda britânica Coldplay: aumento de 44% quando comparado com 6 anos antes

O momento atual do Brasil é bem diferente de 2 a 4 anos atrás, estamos em crise e existem muitos pontos que precisam ser analisados na hora de fechar o preço dos ingressos. O câmbio está relacionado, a popularidade do cantor ou da banda, retração econômica e custos dos espaços e arenas. Esse tem sido o possível motivo para esse aumento nos valores.

Junto ao aumento dos preços temos as taxas de conveniências, que muitas vezes, são cobradas ilegalmente. Sim, quem está acostumado a comprar ingressos, não só para shows, sabe muito bem da cobrança também abusiva dessas taxas, que podem alterar mais de 20% o valor do seu ingresso. O Procon-SP afirma que o consumidor deve ser informado previamente sobre a taxa e que ela deve significar algum serviço adicional ou vantagem, como não enfrentar filas, por exemplo. Mas, muitas produtoras, recordistas de reclamações no próprio Procon, continuam a cobrar essas taxas, até mesmo para ingressos que a impressão é feita em casa.

Outro assunto bastante absurdo é as restrições que os locais de shows designam ao público, como a não entrada de garrafas de água e alguns tipos de alimentos. Tudo isso para que as pessoas sejam obrigadas a consumir no local do show.

Apesar dessas eventuais complicações, o Brasil tem se destacado na realização de grandes shows internacionais no ano de 2016, e pelo jeito, 2017 também.

 

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