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Como a musicoterapia tem me ajudado com a superação do LUTO

Bom, eu demorei muito para fazer esse post pois os meses de outubro e novembro são bem pesados para mim, Outubro por ser a data de nascimento de meu pai, quando comemorávamos seu aniversário, e novembro porque é o mês que completa um ano de sua partida.

Eu queria saber como eu lidaria com essas datas tão expressivas para mim após as sessões de terapia com a Juliana Bertoncel do Terapia e Música.

Eu já tinha passado pelo meu primeiro dia dos pais sem a presença do meu, com certa dificuldade, como contei no post anterior, fiz alguns exercícios nas sessões de musicoterapia e como “lição de casa”, para criar a consciência de que eu tive um pai maravilhoso, porém definitivamente e infelizmente ele estava morto!
Passei a data na casa de minha mãe, triste mas com essa consciência (momentânea de que eu estava bem, mas não estava e não era culpa da minha terapeuta, eu é que não tinha me entregado de coração para aquela realidade de ter um pai falecido, e não ter feito os exercícios de coração aberto, e só hoje consigo enxergar isso).

Inconscientemente eu ainda resistia muito  à morte de meu pai, sempre achava que tudo era um sonho, e que tudo voltaria a ser como antes, ou que Deus havia se enganado e levou meu pai antes da hora, sempre sonhava com ele com muita vida, e como se estivesse aqui comigo nos dias atuais, acordava muito triste e mau humorada quando percebia a realidade, sempre achava que esta história teria um novo final, que chegaria na casa da minha mãe e ele viria rindo da minha cara como se tivesse conseguido me enganar, ou que realmente aconteceu, mas que tudo poderia ter um novo fim, como se ele pudesse ressuscitar e voltar a viver conosco em vida.

Contei isso a Juliana e ela tem feito um trabalho maravilhoso referente a minha resistência ao luto, me fez entender que eu me prendia a uma ideia de que precisava do meu pai aqui comigo, que se ele não tivesse morrido, tudo seria diferente, que minha vida estaria melhor, ou que ele me ajudaria a resolver os problemas, o que não é real.

Eu preciso do meu pai? sim, mas eu preciso da presença dele pela saudade, pelo carinho e porque é muito doloroso a gente se separar de pessoas que amamos muito, mas não eu não preciso do meu pai efetivamente, eu tenho quase 34 anos e o que ele poderia fazer por mim, ensinar a mim, e ser responsável pela formação do meu caráter enquanto criança ele fez, sua missão na terra por completo foi cumprida com sucesso, e por isso ele fez a passagem.
Meu pai não é responsável por minha felicidade, sucesso, ou conquistas, eu é quem sou, e é muito egoismo de minha parte ficar sofrendo aqui e prendendo a ele a responsabilidade por tudo isso, eu sinto falta dele, mas não preciso, e isso me fez compreender a diferença entre sentir saudade e me martirizar por colocar nele a responsabilidade da felicidade ou progresso da minha vida!

Fiquei mal ? fiquei sim, chorei bastante, senti saudade, senti falta da presença, relembrei de todos os aniversarios dele em que fazíamos comemorações alegres, regadas a sorrisos e bolos de abacaxi, fiquei mais reclusa nesse mês de outubro, desmarquei alguns compromissos profissionais e pessoais, fui com muita resistência a outros, não fiz terapia em um dos dias, fiz muitos programas com minha mãe e Luiz, na verdade nos aproximamos ainda mais esse mês, como que para uma dar força a outra.
Pedi compreensão das pessoas que convivem comigo, e de amigos, ou de pessoas que pensei que fossem minhas amigas.

Este período em que me permiti ficar assim, me conheci ainda mais, estou conseguindo encontrar a minha identidade sonora, descobri quem gosta verdadeiramente de mim, o amor e paciência do Luiz comigo, me afastei de bastante gente que não me tinham verdadeiramente como amiga, aquelas pessoas que só se interessam em te-lo por perto caso você tenha algo para beneficia-lo, ou de pessoas que se afastaram sem motivo, briga ou qualquer coisa aparente, só porque ser minha amiga neste momento não era prioridade, e então vi quem vale a pena trazer comigo.
Porque em meio a tudo isso, a Juliana e a musicoterapia tem me ajudado muito também com amor próprio, antes de gostar de QUALQUER pessoa, devemos primeiro olhar para dentro de nós, nos conhecermos profundamente, e finalmente nos amar, só assim teremos a capacidade plena de amar o próximo, seja ele quem for, isso tudo parece clichê, mas quando você passa a se observar e se amar de verdade, você sabe seus limites, o que é aceitável, qual seu papel de filha, irmã, namorada, esposa, amiga, e não aceita que a amem menos do que você mesma já o faz.

Ainda tinha (e tenho, estou trabalhando isso durante as sessões e durante a semana sozinha) grande dificuldade em ser feliz com a pessoa que sou, com as coisas que conquistei, quando descobri na música, meu som de acolhimento, me senti mais satisfeita com todos os tropeços e decepções até aqui, que fizeram de mim a mulher que sou, e o porque no passado permiti que me amassem menos do que merecia, isso tudo também veio a percepção por meio da utilização das técnicas de respiração, acolhimento da criança, EFT, Ho’oponopono e da leitura do livro “O amor que nos faz bem” indicação também da Juliana.

Chegou novembro e o temido dia 07, mas eu já estou mais forte, criada a consciência da morte de meu pai e a vivencia do luto, foram dias difíceis e mais uma vez triste por todas as lembranças que rondam esta data, porém com a evolução da musicoterapia, levei como um dia importante para mim, respeitei e vivi minha tristeza, chorei um dia antes, mas consegui encarar o dia como um acontecimento de minha vida, um rito de passagem, uma data que me fez evoluir como pessoa, imensamente triste pelo rompimento, porém essencial para o meu crescimento nesta nova fase, estes dias me sinto bem, ao contrario de dias anteriores, em que estava usando o sono como fuga, ou exaltando os dias que a depressão me assolava e eu não consegui ter uma vida normal.
Hoje consigo ser feliz com a criança que fui, sou muito orgulhosa da mulher e adulta que me tornei, mesmo com todas as cobranças da sociedade e minha própria pressão sobre quem eu deveria ser ou  que deveria ter.

Eterna gratidão pela Juliana e a Musicoterapia em minha vida (Post escrito ao som da música que escolhi de declaração de amor para mim mesma – “Felicidade – Marcelo Jeneci)

“Sinto muito, Me perdoe, Eu te amo, Sou Grato ” ♥

Terapia e Música (Juliana Bertoncel)

Site (click no link): https://www.terapiaemusica.com.br/ 

Instagram (Click no Link) : @Terapiaemusica

 

 

 

 

Cristine Lore

Jornalista por paixão, digital creator por opção, apaixonada por música, moda, maquiagem, animais, Gin e turismo.
Sem padrões, nem rótulos... dá um giro por aqui =)

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5 comentários

  1. Cinthia diz:

    Que post lindo! Uma dica valiosa para muitos que sentem falta dos entes queridos! As lembranças boas ficam em nossa mente e coração! Você vai superar tudo isso e será muito feliz!

    1. Cristine Lore diz:

      Obrigada pela força Cinthia, com certeza pessoas queridas como você ajuda em todo o processo de cura e superação!
      Estou dividindo para que mais pessoas possam criar coragem de cuidar dessa dor que muitas vezes é negligenciada.

  2. Eu gostei imenso desse post, mas sempre sinto uma pontada de dor pq vejo que nao fui/sou nada diante de quem vcs são.
    Mas nao me leve a sério, queixas de u’a mãe reclamona e ciumenta.
    Sei qye vc esta no caminho certo e isso me tranquiliza.
    Feliz por suas conquistas filha, te amo!!! Bjus

    1. Cristine Lore diz:

      <3

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